skatosofia


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Skate é uma entidade que ninguém domina (negócio, vibração, energia, pilha, coisa maluca, música improvisada, espelho…)

“Skate é negócio, mas para permanecer sadio e rentável, precisa continuar sendo vibrante. O que o skate oferece, enquanto atividade física, arte e estilo de vida, quebra-cabeça incrível, é […] vibração. Skate vibra, e exatamente por isso gera energia. Skate é pilha, mexe com os nervos, coma percepção, faz par com a rua, tem trilha sonora própria. comunica, ilumina, tranca portas e joga fora as chaves. É coisa maluca que junta um monte de gente num só lugar, cada um em seu processo solitário, compartilhando tombos e acertos. Skate é música improvisada. Skate é espelho, diz quem você é sem que a pergunta seja feita. […] Trata-se de uma entidade que ninguém domina, afinal. Viva o asfalto acidentado da minha rua e da sua.” (Parteum 2016:91)

PARTEUM, Fábio L. 2016. Colunaum. Cemporcento Skate 198:90-1.


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picologia frente ao skate olímpico

“Acho que devemos seguir contando as histórias, dizer quem foi, quem fez e como era. Reforçar que o skate não tem regras, documentar e contar mais e mais histórias, falar dos picos clássicos do skate.” (Luiz Apelão, in: Prieto 2016:74)

PRIETO, Douglas. 2016. Leveza brutal: Luiz Apelão. Cemporcento Skate 198:72-81.


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o video de skate como transdutor da prática de skate

“Sempre acreditei que fazer um vídeo de skate é como pintar uma tela em branco na qual você constrói uma história que pode servir de inspiração àqueles que assistem. E que, no final das contas, o ‘segredo’ por trás de tudo não está nas manobras, mas sim na ideia que se quer transmitir.” (Guimarães 2016:17)

GUIMARÃES, Guilherme. 2016. Andorinha: o instantâneo é descartável? Cemporcento Skate 198:17.


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Rodney Mullen

Rodney Mullen: Faça um Ollie e inove!

On getting up again: Rodney Mullen at TEDxOrangeCoast

Rodney Mullen on Innovation

Rodney Mullen: What is a Skateboarder? Innoskate 2014

Rodney Mullen, “The Art of Good Practice” – Strata 2014

Rodney Mullen: “Build on a Bedrock of Failure” Keynote – Velocity Santa Clara 2014

Rodney Mullen (Almost Skateboards) Interview – Velocity Santa Clara 2014

Rodney Mullen: “Embracing the Human Element” – Strata Europe 2014

Innoskate 2013: Panel 2 – Innovations in Tricks with Rodney Mullen and Tony Hawk

Innoskate 2013: Rodney Mullen & Tony Hawk Q&A

Rodney Mullen – A Beautiful Mind

30th Anniversary Interviews: Rodney Mullen Part 1 – TransWorld SKATEboarding

30th Anniversary Interviews: Rodney Mullen Part 2 – TransWorld SKATEboarding


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voláteis

“Como skatistas, somos voláteis, cheios de recursos e sempre temos o plano B, C, D e E. quando caímos, levantamos rapidinho. Às vezes perdemos uma batalha, mas sempre voltamos no dia seguinte e acertamos a manobra, então ganhamos a guerra toda enquanto nos divertimos!” (Ewan Bowman, In: Granja 2014:50)

GRANJA, Fernando. 2014. 20 dias com Luan. Cemporcento Skate 184:48-51.


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Lugares perdidos (picologia nativa)

“Eu gosto de andar em pico podre! […] É nisso que eu foquei nessa entrevista. Não de simplesmente chegar nos picos conhecidos, todo mundo ja fez um monte de manobras, e fazer uma linha. Procurei andar nos picos aqui em Cubatão, em Santos. Lugares perdidos.” (Guilherme Menezes Cervone “Guega”, In: Arakaki e Calvão 2014:66)

ARAKAKI, Sidney; CALVÃO, André. 2014. Duas doses de Guega. Cemporcento Skate 182:64-70.


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skatografia nativa

“O uso é o emprego do tempo na cidade” – Henri Lefebvre
Quando li essa frase foi inevitável a reflexão sobre o uso da cidade que se faz através do skate, acho incrível os vestígios que as manobras do skate deixam no espaço urbano. Podem ser pretumes de vela em bordas de mármore, paredes com marcas de wallrides, bancos de madeira deteriorados de tanto receber manobras, etc. Um lugar clássico como o Vale do Anhangabaú possui marcas irreversíveis. Aquelas bordas respiram skate há muito tempo, e seguem firme, forte e veladas durante todos esses anos.
Essas marcas t[ê]m muitos significados para quem anda de skate nas ruas, visto que, mesmo que de maneira inconsciente, elas sugerem os caminhos em que o skate pode deslizar, ou em outros casos, a marca pode levar a lugares que nunca se pensou andar. Talvez o mais legal nesse processo todo seja marcar um local ainda não explorado pelo skate, deixando ali um código que por poucos é assimilado.
Pessoas comuns não percebem ou não entendem muito bem o que essas marcas representam, mas quem anda de skate na rua consegue reconhecê-las. São signos que o skatista consegue ler e interpretar e essa identificação me parece muito saudável em um lugar como São Paulo, onde os habitantes da cidade se perdem cada vez mais de si mesmos. As conversas olho no olho estão cada vez mais raras. É cada um no seu próprio celular, em seu próprio mundo virtual, sempre na correria, sempre apressado.
Em tempos em que o uso do espaço urbano vem sendo questionado, é uma ótima chance para mostrar que os skatistas já estão na rua há muito tempo e que isso é ótimo para o bem estar na cidade. Pessoas que vivem e usam a cidade de verdade, e não somente a usam para deslocamentos de um lugar a outro. Com bom senso e união os skatistas podem conseguir muitas vitórias nessa nova fase de planejamento urbano que a cidade vem passando.
Eu acho que é necessário mais praças como a Roosevelt, não só por ela ter ficado perfeita para a prática do skate, mas no sentido de que enquanto uns andam de skate, outros jogam bola. Ao mesmo tempo em que crianças brincam, senhoras passeiam com seus cães. Há espaço para todos os grupos que habitam a cidade. Essa coexistência pacífica se faz necessária em um lugar como São Paulo.
Se assim for, o Skate agradece.
(Romão, 2014:28)
ROMÃO, Murilo. 2014. Prolavra: signos urbanos. Cemporcento Skate 184:28.


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o skatista e os picos

“Nós, skatistas, estamos sempre buscando picos novos para andar. […] Os picos contam história tanto quanto as manobras. Duas bordas não são iguais em nenhum lugar do mundo. Uma escada pode ter o mesmo número de degraus que outras, mas não vai ser igual. Cada local tem sua dificuldade e facilidade, seu modo de andar, sua hora e seu dia.”
(Maia 2015:28)
MAIA, Filipe. 2015. Trocando manobras: a arquitetura faz o skatista viajar. CemporcentoSKATE 187:28.